“Nuestro objetivo final es nada menos que lograr la integración del cine latinoamericano. Así de simple, y así de desmesurado”.
Gabriel García Márquez
Presidente (1927-2014)

CRITICA


  • Aos Pedaços, de Ruy Guerra, una leyenda viva del audiovisual brasileño
    Por Robson F. Nunes

    Una de las premiéres más esperadas de la 48ª edición de Gramado fue “Aos Pedaços”, el más reciente filme de Ruy Guerra. Primero por el retorno del diretor, considerado una leyenda viva del audiovisual brasileño, después que realizara “Quase Memória” en 2016. Ahora, a los 89 años, Guerra ataca con un filme de arte, intimista, perturbador e inventivo. Con tres o cuatro personajes y pocas locaciones, nos cuenta la historia de Eurico Cruz (Emílio de Mello) y sus devaneos después de recibir una nota que anuncia su muerte. Completan el elenco Simone Spoladore (Magnífica 70), Christiana Ubach y Julio Adrião.

    "Aos Pedaços", a pesar de toda su fuerza, se vio disminuida por una edición  “en casa” del Festival, que exhibió sus filmes a través de Canal Brasil), filmada en blanco y negro y  con una atmósfera de Cine Noir, su impacto hubiera sido más grande en las salas de cine.

    Mas volviendo al filme, Ruy Guerra construye su arte con tres excelentes actores, y hace que toda su estética trabaje a su favor. La interpretación de Simone Spoladore precisa ser destacada, pasando de la risa fácil al grito estérico en una fracción de milisegundos. Mas no se engañe, "Aos Pedaços", no es el tipo de filme que está hecho al estilo comercial, sino que exige que el público se desprenda de los formatos tradicionales de las narrativas que ocupan el 90% de las salas de cineben todo el mundo. La premisa de la que parte el filme es que Eurico tiene dos mujeres, en diferentes continentes, uno desértico, otro paradisíaco, mientras que sus dos residencias son idénticas. Y él sabe que va a morir.

    Guerra crea una confusión mental en los protagonistas que se refleja probablemente en el espectador. Como si los espacios, recuerdos, experiencias y sentimentos fuera mezclados en una licuadora y separarlos quedará a cargo de los espectadores. Méritos también para la guionista que acompaña a Guerra, Luciana Mazzotti.

    * Traducido del portugués por Fidel Jesús Quirós
    Aos Pedaços, de Ruy Guerra, uma lenda viva do audiovisual brasileiro
    By Robson F. Nunes

    Uma das premiére mais aguardadas da 48ª Edição do Festival de Cinema de Gramado foi “Aos Pedaços”, novo filme de Ruy Guerra. O primeiro motivo é o retorno do diretor, considerado uma lenda viva do audiovisual brasileiro, após o filme “Quase Memória” de 2016. Agora, aos 89 anos, Guerra ataca com um filme de arte intimista, perturbador e inventivo. Com três ou quatro personagens e poucas locações, ele nos conta a história de Eurico Cruz (Emílio de Mello) e seus devaneios após receber um bilhete que anuncia sua morte. Completam o elenco Simone Spoladore (Magnífica 70), Christiana Ubach e Julio Adrião.

    Aos Pedaços, apesar de toda sua força, fica enfraquecido por ter entrado em uma edição “em casa” (exibida pelo Canal Brasil) do festival. Com sua atmosfera calcada em um clima noir, todo em preto e branco e com poucos respiros diferentes, certamente teria ainda mais impacto se assistido em uma sala de cinema, como manda o figurino. É o tipo de experiência difícil de reproduzir em casa, apesar da grande e valorosa chance de democratizar uma obra com uma exibição para todo o Brasil (e até mundo, se considerarmos a internet). Aliás, essa democratização também foi um grande acréscimo do festival, pois os painéis e coletivas com equipes de cada filme também estão acessíveis via internet. É um caminho sem volta para as futuras edições.

    Mas voltando ao filme, Ruy Guerra constrói sua arte em três excelentes atores, e faz com que sua estética toda trabalhe a seu favor. A interpretação de Simone Spoladore precisa ser exaltada, passando do riso fácil ao grito estérico em uma fração de milisegundos. Mas não se engane, Aos Pedaços é o tipo de filme que não faz o estilo comercial, precisando de que o público se desprenda dos formatos tradicionais das narrativas que ocupam 90% dos cinemas (quando abertos) em todo o mundo. A premissa é de que Eurico tem duas mulheres, em diferentes continentes, um desértico, outro paradisíaco, ainda que suas próprias residências, sejam idênticas. E ele sabe que vai morrer.

    Guerra cria uma confusão mental no protagonista (ou nos protagonistas) que é refletido em tela, e provavelmente no espectador. Espaços, lembranças, vivências e sentimentos são jogados e batidos no liquidificador. E ao despejar isso no vídeo, fica a cargo de quem assiste separar esses ingredientes para entender todos os aspectos colocados. O sabor é incerto. É de certa forma angustiante acompanhar tudo que se passa na tela. E muitas coisas estão mais no próprio texto do filme do que nas próprias imagens colocadas. Méritos também para roteirista que acompanha Guerra, Luciana Mazzotti.

    Gosta de cinema de arte? Esse filme é todo seu!


    (Fuente: vigilianerd.com.br)


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