ACTUALIDAD

Tres libros lanzados recientemente están dedicados al cine brasileño

Resumen por: Fidel Jesús Quirós (de texto en portugués)

Tres libros recién lanzados se sumergen en el curso tumultuoso del cine brasileño: Uma situação colonial? (editorial Companhia das Letras, 544 págs., R$ 79,90), de Paulo Emílio Sales Gomes; A odisseia do cinema brasileiro (editorial Companhia das Letras, 592 págs., R$ 89,90), de Laurent Desbois; y Cinema de invenção (de la editorial Azougue, 332 págs., R$ 40,60), de Jairo Ferreira.

La organización de los textos de Paulo Emílio (fallecido en 1977) en el libro Uma situação colonial?, quedó a cargo de su exalumno, el profesor de cine de la USP, Carlos Augusto Calil, quien escribió las palabras finales del libro.

Fundador de la Cinemateca y el  mayor pensador del cine brasileño, Paulo Emílio reflexionó en este libro sobre aspectos claves del cine brasileño: las dificultades para producir, la necesidad de preservar su patrimonio, el surgimiento del cinema novo - movimiento con el que acabo teniendo encuentros. "Paulo Emílio fue mal interpretado porque fue sutil, complejo", afirma Calil. "Este libro es un guion para la lectura de su obra, que ayudará a comprender su pensamiento”.

Están contenido en el libro, por ejemplo, el ensayo que tal vez sea el más conocido del teórico paulistano, Cinema: trayectoria del subdesarrollo, publicado en 1973, que reflexiona sobre las peculiaridades de la producción brasileña y “la incapacidad creativa para copiar”. "El libro no es una lección de cine, es una lección de Brasil", afirma  Calil. "En él, Paulo Emílio está pensando en problemas brasileños que el cine no fue capaz de resolver".

Publicado originalmente en Francia, A odisseia do cinema brasileiro realiza una reflexión enciclopédica y cronológica del decursar del cine brasileño, desde un punto de vista extranjero y algo condescendiente, el del investigador Laurent Desbois. Excolaborador de Cahiers du Cinéma, el francés radicado en Rio de Janeiro, reconstruye una trayectoria que va desde La Atlântida, compañía cinematográfica responsable de las chanchadas de los años 1940 y 1950, hasta los primeros lauros internacionales recibidos por el cine de la retomada, entre los años 1990 y 2000.

Desbois, que no esconde su deslumbramiento por las obras brasileñas, ofrece algunas hipótesis sobre el poco éxito del cine brasileño en el mundo. "Puede que sea cierto complejo de inferioridad", nos dice. "No tienen la osadía de inventar: imitan a los americanos y europeos y acaban no imponiéndose".

La visión del outsider en Desbois encuentra su contraparte en la visión del insider de Jairo Ferreira. Peiodosta y excolaborador de Folha, Ferreira, desaparecido en 2003, fue director y guionista en el contexto que él retrata en su libro Cinema de invenção: el cinema marginal, que floreció a la sombra de la dictadura como respuesta radical al cinema novo, que se había alejado cada vez más del público.

Publicado por primera vez en 1986, Cinema de invenção es un inventario personal de directores como Rogério Sganzerla, Ozualdo Candeias y José Mojica Marins. "El movimiento fue cualquier cosa menos organizado", afirma el director Paulo Sacramento, que organizó la reedición y agregó anexos informativos. "Jairo fue saco a la luz toda esta información del contenida en su libro, pero de forma nada académica".

Cinema brasileiro é tema de lançamento de livros

A organização dos textos de Paulo Emílio, morto em 1977, ficou a cargo de seu ex-aluno, o professor de cinema da USP Carlos Augusto Calil, que assina o posfácio de Uma situação colonial?.

Fundador da Cinemateca e o maior pensador do cinema no Brasil, Paulo Emílio reflete sobre aspectos da produção brasileira em tópicos: entraves da produção, necessidade de criar um acervo para preservação do audiovisual e a emergência do cinema novo - movimento com o qual acabou tendo embates. "Paulo Emílio foi mal lido porque é sutil, complexo", diz Calil. "Esse livro é um roteiro de leitura que ajuda a acompanhar o seu pensamento."

Estão na obra, por exemplo, o ensaio que talvez seja o mais conhecido do teórico paulistano, Cinema: trajetória no subdesenvolvimento, publicado em 1973, que reflete sobre as peculiaridades da produção brasileira e sua "incompetência criativa em copiar". "(O livro) Não é uma lição sobre cinema, é sobre Brasil", conta Calil. "Nele, Paulo Emílio está pensando em problemas brasileiros e que o cinema não foi capaz de resolver."

Publicado originalmente na França, A odisseia do cinema brasileiro faz uma reflexão enciclopédica e cronológica desse percurso, sob o ponto de vista estrangeiro e algo condescendente do pesquisador Laurent Desbois. Ex-colaborador dos Cahiers du Cinéma, o francês radicado no Rio de Janeiro reconstitui uma trajetória que vai da Atlântida, companhia cinematográfica responsável pelas chanchadas dos anos 1940 e 1950, até os primeiros louros internacionais colhidos pelo cinema da retomada, entre os anos 1990 e 2000.
Desbois, que nas páginas não esconde deslumbre com as obras brasileiras, aventa algumas hipóteses para a relativa pouca fama de que o cinema nacional goza lá fora. "Pode ser um complexo de inferioridade", relata. "Não têm ousadia de inventar: imitam os americanos e os europeus e acabam não se impondo."

O que há de visão outsider em Desbois encontra o seu duplo insider em Jairo Ferreira. Jornalista e ex-colaborador da Folha, Ferreira, morto em 2003, foi diretor e roteirista no contexto que ele retrata no livro: o cinema marginal, que floresceu à sombra da ditadura como resposta radical ao cinema novo, cada vez mais alienado do público.

Publicado pela primeira vez em 1986, Cinema de invenção é um inventário pessoal de diretores como Rogério Sganzerla, Ozualdo Candeias e José Mojica Marins. "O movimento era tudo menos organizado", diz o diretor Paulo Sacramento, que organizou a reedição e acrescentou anexos informativos. "Jairo foi quem teve a sacada de organizar aquilo tudo, mas de forma nada acadêmica."

(Fuente: Jcrs.uol.com.br)