“Nuestro objetivo final es nada menos que lograr la integración del cine latinoamericano. Así de simple, y así de desmesurado”.
Gabriel García Márquez
Presidente (1927-2014)

CRITICA


  • Elena, un viaje personal
    Por Francisco Russo

    Ya hace algunos años que una parte de los cineastas brasileños decidió andar el dudoso camino del documental autoreferencial, donde los cineastas presentan hechos ligados a su propia vida o la de sus familias. Algunas veces, los retratados cuentan incluso con elementos atractivos para el gran público, como en el caso de Diário de uma Busca y Marighella, mas en otros, se trata de puro egocentrismo ejercido con una cámara en mano. La actriz Petra Costa decidió arriesgarse en este medio, al rodar un documental sobre su hermana Elena, nombre que da título a su primer largometraje.Sin embargo, lo que vemos en pantalla es más que un mero retrato de un familiar, es la busca devastadora de alguien que apenas se conoce.

    Antes de todo, es preciso resaltar que la directora fue valiente. No tanto por hacer este filme sobre su hermana, sino por sumergirse en momentos que aparte de ser tan dolorosos, hieren cuando emergen a la superficie. Esto, sin hablar del riesgo de exponer este drama personal en la pantalla grande, lo que permite que todos se adentren en su historia personal y puedan opinar sobre ella libremente. Mas, dejando todas estas cuestiones de lado, “Elena es un gran filme principalmente por las opciones estéticas de Petra Costa. El tono poético de las imágenes y la banda sonora confieren al filme una belleza impresionante, impulsada por la sinceridad explícita demostrada por  la directora al retratar la historia. Pues más que simplemente contar la historia de la hermana de la cineasta, “Elena crea un cierto suspense sobre lo que realmente sucedió. Se sabe que la hermana ausente ya no está más allí, por más que lo acontecido pueda ser imaginado, cuando la verdad emerge a la superficie se produce una avalancha emocional contagiosa.

    Otro punto bastante interesante del largometraje es el uso de imágenes de archivo. Importantísimas para la historia presentada, ellas surgen de los más diversos formatos y siempre con una narración en off, de la propia Petra Costa, presentando situaciones de aquel momento o sensaciones que ella y su familia tenían en aquella época. Las intervenciones oportunas de su madre, que aparece tanto en las imágenes del pasado como en el presentes, ayudan a que el espectador se posicione en relación con el antes y el después de lo ocurrido. Algo que se logra principalmente a través de la narración escogida por la directora para otorgarle ritmo al filme, un tanto pausado, pero algo esencial para una mejor comprensión emocional de los eventos presentados.

    "Elena es un filme conmovedor que supera con mucho la media general de los documentales autoreferenciales. Se trata de un viaje absolutamente personal de Petra Costa en busca de una hermana que apenas conoció, pero es también un filme de gran sensibilidad, a la hora de trasmitirle al público los sucesos y el impacto emocional que de ellos se deriva. Un filme para ver, llorar y reflexionar, sin olvidar. Sólo para tener plena comprensión de lo que aconteció y enfrentarlo con el alma y la consciencia limpia. Bellísimo, no sólo como filme, sino por la postura asumida por la directora al enfrentar el misterio que rodeaba a su hermana, Elena.

    Elena, uma viagem pessoal
    By Francisco Russo

    Já há alguns anos parte dos cineastas brasileiros resolveu enveredar pelo caminho duvidoso dos documentários pessoais, onde apresentam fatos ligados à sua própria vida ou de sua família. Por vezes os retratados até contam com elementos atraentes ao grande público, casos de Diário de uma Busca e Marighella, mas em outros nada mais é do que puro egocentrismo sendo exercido com uma câmera na mão. A atriz Petra Costa decidiu se arriscar neste meio ao rodar um documentário sobre a irmã, Elena, que dá nome ao seu primeiro longa-metragem. Entretanto, o que se vê na tela é mais do que um mero retrato de um parente, mas uma busca devastadora por alguém que pouco se conhece de fato.

    Antes de tudo, é preciso ressaltar que a diretora teve coragem. Nem tanto por fazer o filme, mas por remexer em momentos tão dolorosos que, independente de quem seja, machucam quando voltam à superfície. Isto sem falar do risco em expor este drama pessoal no cinema, permitindo que todos adentrem sua história e possam opinar sobre ela a seu bel prazer. Mas, deixando todas estas questões envolvendo o lado pessoal de lado, Elena é um grande filme principalmente pelas opções estéticas de Petra Costa. O tom poético nas imagens e na trilha sonora conferem ao filme uma beleza impressionante, impulsionada pela sinceridade explícita demonstrada pela diretora na história retratada. Sim, pois mais do que simplesmente contar a história da irmã, Elena cria um certo suspense sobre o que realmente aconteceu. Sabe-se que ela não está mais ali e, por mais que como isto tenha acontecido possa ser imaginado, quando a verdade vem à tona é de uma avalanche emocional contagiante.

    Outro ponto bastante interessante do longa-metragem é o uso das imagens de arquivo. Importantíssimas para a história apresentada, elas surgem nos mais diversos formatos e sempre com uma narração em off, da própria Petra Costa, apresentando situações de momento ou sensações que ela e sua família tinham na época. Intervenções pontuais de sua mãe, que aparece tanto nas imagens antigas quanto nas atuais, ajudam a posicionar o espectador em relação ao antes e o depois do ocorrido. É principalmente através da narração que a diretora encontrou o ritmo do filme, um tanto quanto pausado mas essencial para uma melhor compreensão emocional dos eventos apresentados.

    Elena é um filme tocante que ultrapassa, e muito, a média geral dos documentários pessoais. Trata-se de uma viagem absolutamente pessoal de Petra Costa em busca de uma irmã que pouco conheceu, mas também um filme de grande sensibilidade no que se refere à transposição para o público dos eventos e o impacto emocional decorrente deles. Um filme para ver, chorar e refletir, sem esquecer. Só assim para se ter a plena compreensão do que aconteceu e seguir em frente de alma e consciência limpa. Belíssimo, não apenas o filme mas a postura assumida pela diretora ao encarar de frente o mistério que rodeava sua irmã, Elena.

    Resumen por: Fidel Jesús Quirós (traducido)

    (Fuente: AdoroCinema)


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